Einstein escreve assim: “É sempre uma boa desculpa atribuir-se os maus resultados das experiências eletrostáticas à umidade do ar, que aumenta a sua condutibilidade.” (p. 67)
A necessidade de “dar uma desculpa” para um resultado que não satisfaz a uma expectativa da pesquisa científica parece inevitável; Einstein faz questão de explicitar este e outros “truques” ao longo de toda a “Evolução da Física”, que publica em 1938.
É interessante notar a importância que este físico revolucionário atribui à imaginação, como um elemento fundador da ciência. A ciência é invenção, ainda que se esteja a trabalhar de modo quantitativo (ou seja através de medições e demonstrações matemáticas) são as convenções, e as conveniências que atendam a uma narrativa que determinarão a validade de uma teoria ceintífica, que terá sempre um prazo determinado, sendo, por definição, destinada a se tornar obsoleta e ultrapassada conforme avance a ciência.
O conceito platônico de harmonia subsiste desde o Timeu de Platão (TBC)